quarta-feira, 31 de agosto de 2011

First Day Of My Life

First Day of My Life - Bright Eyes

This is the first day of my life
Swear I was born right in the doorway
I went out in the rain, suddenly everything changed
They're spreading blankets on the beach
Yours is the first face that I saw
I think I was blind before I met you
Don't know where I am, don't know where I've been
But I know where I want to go
So I thought I'd let you know
That these things take forever, I especially am slow
But I realized that I need you
And I wondered if I could come home
I remember the time you drove all night
Just to meet me in the morning
And I thought it was strange, you said everything changed
You felt as if you'd just woke up
And you said, "This is the first day of my life
I'm glad I didn't die before I met you
Now I don't care, I could go anywhere with you
And I'd probably be happy"
So if you want to be with me
With these things there's no telling
We'll just have to wait and see
But I'd rather be working for a paycheck
Than waiting to win the lottery
Besides, maybe this time it's different
I mean I really think you like me

Lembrei dessa música ontem... Merece ser ouvida e o clipe merece ser visto.
E eu penso no meu amor quando eu ouço (:

- Gina

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Polêmica.

Estive refletindo... Li uma notícia que falava sobre um outdoor de uma igreja evangelica falando sobre os homossexuais. Não preciso ir muito longe pra dizer que isso gerou uma polêmica imensa e o outdoor foi retirado. Sem querer piorar a situação, mas já chutando o pau da barraca, eu acho que o outdoor deveria ter continuado ali.
Quero deixar uma coisa muito clara: eu não tenho preconceito contra homossexuais. Cada um que se relacione com quem queira! Liberdade - pra mim - é isso. Também não estou defendendo o preconceito. Acho feio, mas todo mundo tem, pelo menos eu assumo os meus.
Então por que eu acho que o outdoor tinha que continuar ali? Por que quem colocou aquele outdoor lá tem o direito de dizer o que pensa. Entendam, isso não quer dizer que eu concordo com o que ele disse.
O que acontece é que não pode nada agora. Já falei uma vez sobre o politicamente correto no blog e essa mania de "somos todos certinhos e humanos de bom coração" - que já me encheu o saco. Todo mundo tem direito de ser babaca.
Não gosto de funk proibidão. Não respeito quem usa shortinho minúsculo. Acho feio quem é gordo e usa roupa coladinha. Não gosto de nazistas. É por isso que eu saio metralhando essas pessoas? Não. E é essa a questão.
Você pode achar o que você quiser. O pastor que colocou o outdoor tem todo o direito do mundo de achar que gays e lésbicas são pecadores aos olhos do Senhor e vão para o inferno. Isso quer dizer que ele tá certo? Não. Isso quer dizer que ele não pode dizer o que pensa? Não.

Cada um tem o direito de se relacionar com quem quiser e falar o que quiser.

O que não pode é essa moda de agredir homossexuais com lâmpadas e sair metralhando todo mundo. Isso é coisa de gente mau resolvida, viu?

Bom, essa é minha polêmica opinião. Você discorda? Concorda? Comente aqui!
Quer me metralhar ou me atingir com uma lâmpada na Av. Paulista? Vá transar um pouco e relaxe seu corpo selvagem.

Beijinhos e boa quarta-feira.

- Gina

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Hipocondríaco.


Em tempo de remédios falsificados e laboratórios incompetentes, vale lembrar deste consumidor compulsivo que faz da bula Bíblia: o hipocondríaco. Ele padece do mal de ter mania de doenças e adora tomar remédios. Ao passar à porta da farmácia não resiste e pergunta: "O que tem de novidade?"

Nada mais ofensivo ao hipocondríaco do que erguer um brinde e desejar-lhe "saúde!". Ele só freqüenta coquetel de vitaminas. Encara sempre o interlocutor com aquele olhar de quem diz: "ando sentindo coisas que você nem imagina". No telefone, faz voz de vítima. Cara a cara, suplica, silente, a compaixão alheia.

Está sempre entrando ou saindo de uma gripe; já tomou todas as vacinas; sofre da coluna; padece de insônia; e trata médico como faz com motorista de táxi: "Tá livre?"

O hipocondríaco entra na Justiça exigindo mandado de prisão contra os radicais livres e duvida que alguém possa imaginar o tamanho da enxaqueca que teve ontem. Enquanto outros fazem shopping, o prazer do hipocondríaco é visitar drogarias de vitaminas importadas. Ingere pela manhã o abecedário em drágeas e nunca se deita sem antes tomar um chá de ervas.

Hipocondríaco não tem plano de saúde; prefere cota de cemitério. Gosta de se separar da família para morrer de saudades. E fica doente de raiva quando alguém diz que ele aparenta boa saúde.

O autêntico hipocondríaco carrega sempre uma dorzinha de lado, uma unha encravada, uma afta na boca, uma irritação na garganta, uma dor na coluna e umas tonturas estranhas.

Para o hipocondríaco, esposa ideal é a que banca a enfermeira; cadeira confortável é a de rodas; e cama macia, a de hospital.

O hipocondríaco é a única pessoa que, pelo som, distingue sirene de ambulância da de viatura de polícia e de bombeiro.

O guru do hipocondríaco é Hipócrates, e sua filosofia se resume nesta questão metafísica: "Se a gente nasce deitado e morre deitado, por que não viver deitado?"

O hipocondríaco morre de medo da vida saudável. Está convencido de que a diferença entre o médico e ele é que o primeiro conhece a teoria e, o segundo, a prática. Nunca pergunte a ele: "Vai bem?" É preferível: "Melhorou?"

O hipocondríaco só assina revistas médicas e, nos jornais, lê primeiro o obituário. Mas, ao contrário do que se pensa, o hipocondríaco não quer morrer — isto o curaria de sua loucura.

Nunca convide um hipocondríaco a matricular-se numa academia de ginástica. Ofereça-lhe um check-up. Os únicos exames que ele aceita fazer são os clínicos e adora ser reprovado. Se faz cooper, a perna dói; se pratica natação, fica resfriado; se flexiona o abdome, sente dor nas cadeiras.

O hipocondríaco escuta o médico com a mesma atenção que o bêbado ouve os conselhos do abstêmio. A turma do hipocondríaco se reúne em porta de farmácia e tira férias em clínicas de repouso.

O hipocondríaco é o único paciente que consegue decifrar letra de médico. Ele não se recolhe para dormir, e sim para repousar. Nunca deseje "bom-dia" a um hipocondríaco; pergunte: "Levantou melhor?" Aliás, ele não se levanta; tem alta. No aniversário, dê a ele um vidro de remédios. Todo hipocondríaco é viciado em aspirina, vitamina C e melatonina.

O hipocondríaco sabe dar nó nas tripas e acredita que o melhor lazer é curtir uma diverticulite. Considera incompetente todo médico que diz que ele não tem nada.

O hipocondríaco acredita em tudo que a mídia fala sobre cuidados com a saúde.

Quando viaja, não se hospeda; se interna. No bolso de dentro do paletó ele não carrega caneta, mas termômetro. E é a única pessoa capaz de enxergar vírus e bactérias em talheres de restaurantes.

Sonho de hipocondríaco é ser socorrido por um daqueles helicópteros UTI que aparecem na TV. E sempre reclama de que já existem telessexo, telepiada, telepizza, telessorteio, só falta o teledoença: você liga, descreve os sintomas e, do outro lado da linha, uma voz de médico prescreve a medicação.

Deve ter sido um hipocondríaco quem deu ao remédio que combate infecções o nome de antibiótico — que significa "contra a vida".

O hipocondríaco não tem remédio. Ele só se cura quando morre e, paradoxalmente, a morte é o sintoma mais óbvio de que ele tinha razão. Pena que não possa levantar-se do caixão e enfiar o dedo na cara de quem o tratava pejorativamente como hipocondríaco. De qualquer modo, repare como ele, defunto, traz um sorrisinho de vitória nos lábios.



Frei Betto

AMEM.

sábado, 20 de agosto de 2011

Simples assim.

-Oi.
-Oi.
-Como vai?
-Indo. E você?
-Também.
-Hum.
-Tá frio aí?
-Não, até que não. E aí?
-Mais ou menos.
-Que bom.
-É.
-...
-E o trabalho, muita coisa pra fazer?
-Bastante. E você?
-Também.
-...
-Volta.
-Pra onde?
-Pra mim.
-Por quê?
-Tá foda viver sem você.
-Por quê?
-Tô sentindo muito sua falta.
-Isso passa.
-Não.
-Não?
-Não passa.
-Passa sim.
-Como você sabe?
-Tudo passa.
-Menos isso.
-Passa também.
-Não passa.
-Passa.
-Volta.
-Não.
-Eu te amo.
-Para com isso.
-Então volta.
-Não dá.
-Por quê?
-A gente não tem mais jeito.
-Tudo tem jeito.
-Menos a gente.
-A gente também.
-Não tem.
-Tem.
-Não volto.
-Eu te faço panquecas de chocolate toda manhã.
-...
-...
-Olha, eu mentiria se dissesse que não sinto falta das suas panquecas!
-Então. Toda manhã, prometo.
-Não, não dá.
-Eu faço o que você quiser!
-Que tipo de proposta é essa?
-Tô tentando te ter de volta.
-A gente já viu que não dá certo.
-Vamos tentar de novo.
-Não acho uma boa ideia.
-Pense nas panquecas.
-...
-...
-Todas as manhãs?
-Todinhas. Sem pular nenhuma.
-Ok, tô indo.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

De Giovanna a bibliotecária

"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante."

Recentemente descobri minha metamorfose: estou me transformando em bibliotecária. Pra explicar...


As bibliotecárias são carinhosamente imaginadas dessa forma:


Por conta do meu curso superior - biblioteconomia - comecei a reparar em algumas coisas que estavam acontecendo em mim mesma.


Fato número 1: uso óculos. Por conta da minha corriqueira frase "alguém viu onde eu coloquei meus óculos?" preciso usar a correntinha pra não perder.
Fato número 2: nasci velha. Gosto de Roberto Carlos, depois da meia-noite já estou caindo de sono...
Fato número 3: tenho mania de organização. A dona de casa na minha casa, sou eu. E vivo reclamando da desordem alheia.
Fato número 4: Gosto de silêncio. Apesar de ser muito faladeira comunicativa, aprecio a paz interior que o silêncio me traz.
Fato número 5: Aprendi a fazer cachecol no tear.

O próximo passo são os cabelos brancos, mas eu chego lá!

- Gina

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O que eu posso dizer?

O que eu posso dizer? Olha lá, acabou, exatamente como eu disse que seria, lembra? Bem no começo. E você me disse que não valia a pena sofrer por antecedência, que devíamos aproveitar o presente. Ok, até que faz sentido, mas a verdade é que não pude evitar, sofri por antecedência, o que eu posso dizer? Sofri antes da hora com medo de passar pelo o que estou passando agora, e do que me adiantou? Nada, absolutamente nada, continuo a sofrer do mesmo jeito (talvez até mais). E você? Foi, sumiu, deixou um vazio aqui, mas eu quero saber, eu morro pra saber, sofre também? Aposto que não. Como chegamos aqui? Como, que eu nem vi? Tudo era tão claro, tão certo, você era tão meu e eu tão sua, como viemos parar aqui? Eu aqui e você aí, tão distantes,  tão calados, sem abraços, sem conchinhas, sem telefonemas e mensagens de bom dia, noites frias, eu sem você você sem eu? Quando eu deixei você viver sem mim? Quando passei a não mais fazer parte da sua vida? Quando passei a não mais poder monopolizar seu corpo, te chamar de amor, te receber com um beijo, sem censuras? Quando, que eu perdi?
Me explica, mas me abraça antes.
Ai! Que saudade. Ai, que dor!
Mas passa, é claro que passa.
(Demora muito?)
Até.


Malu postando fora do dia. Sabe quando você precisa desesperadamente desabafar e não tem ninguém pra ouvir? Então.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Parnasiano

As Pombas

"Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
Das pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada.

E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais, de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam
Os sonhos, um a um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais."


Raimundo Correia
__

Gosto do significado deste poema em sua profundidade.
M.L.

domingo, 7 de agosto de 2011

Saudades.

Eu sei que meu dia de postar é segunda, mas faz tempo que não apareço por aqui, tenho, portanto, uma extensa divida no blog. E agora me bateu uma vontade gigante de escrever.

Estou em Mirassol. Jogamos ontem à noite em Catanduva e viajamos ontem mesmo, depois do jogo, pra cá. À tarde vamos jogar contra o time da cidade. Estou de recassaca do jogo e dos pensamentos que eu tive antes de dormir.

Tem uma linha de trem perto desse hotel em que estamos hospedados. Eu nao vi essa linha, mas ontem à noite eu ouvi duas vezes a buzina do trem! Esse barulho me levou de volta pra Santos, pras noites no meu quarto que, apesar de kilometros de distancia do porto, é possivel ouvir a buzina dos trens que chegam ao cais! É um som deleitavel. Soma-se ainda ao som das catraias que, à uma distancia consideravel, ressoa ali naquela esquina onde eu moro! Tomado de extase por esse barulhos melancolicos, saío variavelmente á varanda pra sentir a maresia. Que delicia! De lá olho todas aquelas janelas dos prédios vizinhos, a maioria de luzes apagadas mas há uns comodos acesos, talvez alguem ainda acordado? ou ainda, é a luz que dá a segurnaça pra criança dormir? Quanta vida existe independente de nós!

Domingo que vem, eu viajo pra mais longe do mar ainda. Vou pra Goiás, uma cidade que chama Anapolis. Cidade da Ana. Mas a maresia e sua trilha sonora reverberá por lá. É ela que me acalanta!

Bééééééé...

AMEM.

Por João.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A espera.

Ainda que haja um fato sobre tal coisa e desta parta outra, não faço sentido delas. Talvez você faça, então lhe esperei por toda vida-lápis-papel. Quis entender, precisar, alterar, mas o quê? Seria tamanha melodia se finalizada a ideia, principalmente se o o fim não representasse. Essa é a essência, caro. Essa é a necessidade (i)material. Aguardei-lhe por tanto que a vida-lápis-papel tornou-se vida-teclado-tela. Portanto venha, e me diga, pois esperei-lhe por toda vida.

- Gina