quarta-feira, 26 de outubro de 2011

um texto pessoal e intransferível.

Já pensei muitas vezes em desistir de escrever. Talvez por que eu seja muito perfeccionista e insisto em arranjar erros em tudo o que ponho no papel. Quando eu escrevo algo, passo dias reescrevendo, alterando, riscando com força as palavras da folha de papel. 
No fim das contas me dá uma certa tristeza em dizer isso, por que eu amo escrever. Tudo o que eu escrevo é com amor, mesmo as tristezas. Nelas existe um infinito de amor e cuidado. 
Eu amo as palavras. Escrever me dá uma alegria imensa e em alguns momentos acho que me torna, de certa forma, especial. Pode não ser grande coisa, mas esses momentos são preciosos pra mim. Mesmo sabendo que muitos desconhecidos como eu também amam fazer o que eu faço e o fazem bem.
O texto dessa quarta-feira não era pra ser esse. Eu ia colocar aqui uma música que escrevi, uma bossa nova. Sobre isso há muita coisa engraçada. A primeira é que eu não sei direito o que é bossa nova, mas quando eu escrevi  a letra pensei nela assim. E eu nunca escrevi uma música antes! E essa veio com uma facilidade... Tanto a letra quanto a melodia. É por isso que eu escrevi aquele texto sobre desistir de escrever aí em cima. Eu queria jogar a música fora.
Por que eu vou lendo as coisas e detestando. Aí eu acabo me detestando. E depois volto a gostar do que eu escrevi. Mas não acho mais gracioso, quase que sem graça alguma. 
E volto a me gostar. Não me gostar especificamente, mas das minhas mãos, dos lápis entre os dedos e as palavras. Esse é o melhor sexo do mundo.
Tenho uns surtos de precisar escrever alguma ideia que me vem a mente , desesperada pra sair. Tem uma urgencia, uma necessidade! Depois me parece sem sentido algum.
Hoje eu queria compartilhar esse meu lado com alguém. Sei que meus amigos pensadores lerão esse texto. Alguns estranhos talvez, parente, e até meu namorado, que acha o que eu escrevo muito triste. Não importa. Eu queria compartilhar e aqui está. E este é o meu momento da semana. É o dia em que minhas mãos se realizam e se permitem libertar-se numa catarse de palavras, ainda que tristes e de certa forma desistentes, tem amor no que fazem. Deve ser por isso que meu carinho é gostoso. Pelo menos eu acho que é. Eu adoro meus autocafunés.

Uma boa semana a todos. E perdoem o desabafo.

- Gina

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