- Mais cedo ou mais tarde você vai experimentar. Então que seja agora, aqui e comigo.
Não titubiei. Já vinha pensando nessa possibilidade há um tempo. E realmente: mais cedo ou mais tarde... e que fosse ali, naquele momento e com ele, po. Nada senti. Apenas uma graça na possibilidade de achar tudo aquilo engraçado, muito engraçado.
Não pretendo reincidir. Vivo sem isso, e com isso não sei se viveria.
Após algum tempo, estou de volta. É bom voltar a um porto ao qual estamos seguros. Só seguros podemos observar o que se passa ao nosso redor. Só seguros podemos pensar a condição humana e a nossa condição sem nos atolarmos nessa areia movediça que é as indagações sem porto seguro, sem referência. Afinal, "a fome que devora alguns milhões de brasileiros" e "a morte que nos (quase) toma a mãe insubstituível" não tem a menor importância quando se está aportado.
Se acontecer de eu ter que me lançar ao mar novamente, e chorando - não "só porque é triste o fim" - mas porque a cada porto que atracamos deixamos tripulantes nossos e levamos alguns dele, e porque nesse porto eu deixo o meu capitão e pego o dele; você disser que tinha me avisado que eu tava perdendo a minha juventude e todas suas alegrias e bônus, eu vou lembrar que valeu muito a pena! Que eu fiz o que meu coração pediu. Que eu até experimentei curtir a vida solitariamente, mas a vida não teve o mesmo sabor, e por isso voltei. E voltaria mais vezes se a partida não me fosse tão dolorida.
Passado outro tempo e analisando como era, vejo que nos reinventamos. Espero que façamo-lo inumeras vezes, mas, agora, lado a lado. Até que nosso salto seja mortal, ou apenas um salto mortal. "Porque a vida não tem nenhum sentido se não for para dar o salto". Não é mesmo?
AMEM.
Por João.
É mesmo!
ResponderExcluirUm beijo, John... te ligo qualquer dia, qualquer hora.
M.L.
Como sempre, muito bom tê-lo de volta.
ResponderExcluirAfinal, a ideia inicial foi sua!
Venha sempre.
Beijos,
-Gina