Peguei-me lendo Clarice e me veio uma vontade de escrever. Já são quase meia noite e senti uma alegria em poder ainda escrever, porque por mais que eu possa estar aqui a qualquer hora, sinto-me possuidora apenas das 24h que compõem uma sexta-feira, que sempre foi meu dia aqui - desde o início.
Falando em início, a importância que damos pra essa palavra e seus diversos significados impressiona. O ano começou há 13 dias, mas só estou postando meu primeiro texto hoje. Começamos este blog com cinco integrantes, depois subimos para sete, e agora permanecemos em três. Claro que não é oficial, todos ainda podem voltar. Entretanto, supervalorizamos a simples ideia de iniciar. Qualquer hora podemos começar algo, e não somente no dia primeiro, a primeira hora do dia ou na segunda-feira. Qualquer hora podemos reiniciar.
Tenho muitas metas para 2012, e não sei se serei capaz de cumprí-las. Segui o conselho de um amigo para anotar tudo o que se tem vontade de fazer durante o ano, e assim o fiz, para ver se deixo a monotonia que me agarra de lado e acordo para mais 365 dias. Ainda não funcionou, mas ainda quero (re)viver.
Um beijo,
M.L.
"Há um limite de se ser."
Clarice Lispector
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
De volta.
- Mais cedo ou mais tarde você vai experimentar. Então que seja agora, aqui e comigo.
Não titubiei. Já vinha pensando nessa possibilidade há um tempo. E realmente: mais cedo ou mais tarde... e que fosse ali, naquele momento e com ele, po. Nada senti. Apenas uma graça na possibilidade de achar tudo aquilo engraçado, muito engraçado.
Não pretendo reincidir. Vivo sem isso, e com isso não sei se viveria.
Após algum tempo, estou de volta. É bom voltar a um porto ao qual estamos seguros. Só seguros podemos observar o que se passa ao nosso redor. Só seguros podemos pensar a condição humana e a nossa condição sem nos atolarmos nessa areia movediça que é as indagações sem porto seguro, sem referência. Afinal, "a fome que devora alguns milhões de brasileiros" e "a morte que nos (quase) toma a mãe insubstituível" não tem a menor importância quando se está aportado.
Se acontecer de eu ter que me lançar ao mar novamente, e chorando - não "só porque é triste o fim" - mas porque a cada porto que atracamos deixamos tripulantes nossos e levamos alguns dele, e porque nesse porto eu deixo o meu capitão e pego o dele; você disser que tinha me avisado que eu tava perdendo a minha juventude e todas suas alegrias e bônus, eu vou lembrar que valeu muito a pena! Que eu fiz o que meu coração pediu. Que eu até experimentei curtir a vida solitariamente, mas a vida não teve o mesmo sabor, e por isso voltei. E voltaria mais vezes se a partida não me fosse tão dolorida.
Passado outro tempo e analisando como era, vejo que nos reinventamos. Espero que façamo-lo inumeras vezes, mas, agora, lado a lado. Até que nosso salto seja mortal, ou apenas um salto mortal. "Porque a vida não tem nenhum sentido se não for para dar o salto". Não é mesmo?
AMEM.
Por João.
Não titubiei. Já vinha pensando nessa possibilidade há um tempo. E realmente: mais cedo ou mais tarde... e que fosse ali, naquele momento e com ele, po. Nada senti. Apenas uma graça na possibilidade de achar tudo aquilo engraçado, muito engraçado.
Não pretendo reincidir. Vivo sem isso, e com isso não sei se viveria.
Após algum tempo, estou de volta. É bom voltar a um porto ao qual estamos seguros. Só seguros podemos observar o que se passa ao nosso redor. Só seguros podemos pensar a condição humana e a nossa condição sem nos atolarmos nessa areia movediça que é as indagações sem porto seguro, sem referência. Afinal, "a fome que devora alguns milhões de brasileiros" e "a morte que nos (quase) toma a mãe insubstituível" não tem a menor importância quando se está aportado.
Se acontecer de eu ter que me lançar ao mar novamente, e chorando - não "só porque é triste o fim" - mas porque a cada porto que atracamos deixamos tripulantes nossos e levamos alguns dele, e porque nesse porto eu deixo o meu capitão e pego o dele; você disser que tinha me avisado que eu tava perdendo a minha juventude e todas suas alegrias e bônus, eu vou lembrar que valeu muito a pena! Que eu fiz o que meu coração pediu. Que eu até experimentei curtir a vida solitariamente, mas a vida não teve o mesmo sabor, e por isso voltei. E voltaria mais vezes se a partida não me fosse tão dolorida.
Passado outro tempo e analisando como era, vejo que nos reinventamos. Espero que façamo-lo inumeras vezes, mas, agora, lado a lado. Até que nosso salto seja mortal, ou apenas um salto mortal. "Porque a vida não tem nenhum sentido se não for para dar o salto". Não é mesmo?
AMEM.
Por João.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
The Holiday
No meu primeiro post do ano, não escreverei. Cito aqui uma das minhas falas favoritas de todos os tempos do filme The Holiday. Aqui está o texto traduzido - não está perfeito - e o vídeo da cena:
Texto original:
I understand feeling as small and as insignificant as humanly possible. And how it can actually ache in places you didn't know you had inside you. And it doesn't matter how many new haircuts you get, or gyms you join, or how many glasses of chardonnay you drink with your girlfriends... you still go to bed every night going over every detail and wonder what you did wrong or how you could have misunderstood. And how in the hell for that brief moment you could think that you were that happy. And sometimes you can even convince yourself that he'll see the light and show up at your door. And after all that, however long all that may be, you'll go somewhere new. And you'll meet people who make you feel worthwhile again. And little pieces of your soul will finally come back. And all that fuzzy stuff, those years of your life that you wasted, that will eventually begin to fade.
- Gina
Eu entendo como é se sentir pequeno e insignificante. E como isso pode doer em lugares que você não sabia que existiam dentro de você. E não importa quantos cortes de cabelo você faça ou academias que você possa aderir ou quantas taças de Chardonnay beba com suas amigas... Você ainda vai dormir todas as noites revendo cada detalhe e se perguntando o que onde errou e como pode ter entendido errado. E como por aquele breve momento você pode acreditar que era tão feliz! E as vezes você consegue se convencer que ele verá a luz e aparecerá na sua porta. E depois de tudo isso, quanto tempo possa levar, você irá a um lugar novo. E conhecerá pessoas que farão você se sentir valorizada novamente. E pequenos pedaços da sua alma vão finalmente voltar. E toda aquele confusão, aqueles anos da sua vida que você desperdiçou, enentualmente desaparecerão.
Texto original:
I understand feeling as small and as insignificant as humanly possible. And how it can actually ache in places you didn't know you had inside you. And it doesn't matter how many new haircuts you get, or gyms you join, or how many glasses of chardonnay you drink with your girlfriends... you still go to bed every night going over every detail and wonder what you did wrong or how you could have misunderstood. And how in the hell for that brief moment you could think that you were that happy. And sometimes you can even convince yourself that he'll see the light and show up at your door. And after all that, however long all that may be, you'll go somewhere new. And you'll meet people who make you feel worthwhile again. And little pieces of your soul will finally come back. And all that fuzzy stuff, those years of your life that you wasted, that will eventually begin to fade.
- Gina
Assinar:
Postagens (Atom)