Há uma semana, segunda-feira, 2, todos os noticiários comentavam sobre a morte de Osama. Passado 7 dias e eles continuam com o mesmo assunto, mas de outra forma: agora chovem especulaçōes de como foi a invasão à casa do velho terrorista. Mas tudo é um espetáculo.
Madrugada de domingo pra segunda, a Rede Globo interrompe sua programação normal para um pronunciamento do presidente Obama. He can!!! Alí profetizei: essa notícia vai nos incomodar por um bom tempo. E não deu outra... Quarta-feira o Jô abre seu programa dizendo que era até então o único programa que não tinha falado da morte do Osama. Era. E este era o único blog (acredito) que não tinha falado disso. Era.
Ainda me recordo da morte da Isabela Nardoni, cruelmente assassinada pelo pai. Foram semanas, meses, que a imprensa especulava como o fato tinha se consumado. De cabeça pra baixo ou pra cima? Tava acordada ou dormindo? E hoje alguém comenta que o casal assassino entrou com um recurso para ter prisão em regime aberto?
E o massacre de Realengo, no Rio, foi há tres semanas e já se ofuscou por conta da morte do Terrorista-mor. E a discussão era como ele tinha entrado na escola. Se era uma pessoa doente. Não vi alguém tendo a consiciencia de que ele matou as crianças mas nós todos o ajudamos a puxar o gatilho(se é que você me entende). Agora inventaram o termo bulling para responder pelas crueldades feitas pelas crianças contra elas próprias, e pelos traumas dos adultos. Até quando nossos professores não terão capacidade de detectar essas crianças malvadas e ajuda-las (porque elas são tão infelizes quanto as vítimas)? Até quando não existirá psicologos e uma estrutura descente pro aluno crescer como pessoa, sem se importar com a nota final? Mas a discução de "como ele entrou lá?" estava em todas mesas redondas.
O mesmo vale pro caso Osama. O que isso representa politicamente pros EUA? Pro mundo? Existe uma chance da Al-Caeda reagir? O Osama tinha voz ativa nesse grupo, ou viva as custas do que já fez? Por que esse busca pela vingança a qualquer custo?
O buraco é muito mais embaixo.
No país do carnaval, do confete, da mascara e da lantejoula, eu não podia esperar que as pessoas prestassem atenção á letra da música... O erro de interpretação foi meu. Falha no engano. Desculpem-me.
AMEM.
Por João.
Vivemos no mundo do espetáculo. Acaba o confete, acaba a festa. E vamos para a próxima Avenida, que o festim não pode ter fim.
ResponderExcluirAPLAUSOS EM PÉ!!
ResponderExcluirEspetacular as colocações e a indignação.
Já sabíamos disso, não é? Os temidos de hoje são os herois de amanhã.
Um beijo meu amigo, e bem-vindo de volta ao blog Pensamentos de Estante...
M.L.
Meninas, muito obrigado!!! Embora, agora, relendo com uma certa distancia temporal à elaboração do texto vejo muito erros.
ResponderExcluirE, Manu, fui empurrado a escrever. Vazia duas semanas que isso não acontecia. Estou de volta.
Beijaço.