Querido, dei-te meu corpo como em doação. Que resta dele? Os olhos ainda dizem como minhas mãos disseram? A boca ainda escreve como os olhos sussurravam? As pernas ainda caminham em descompasso com o coração?
Se tua presença ainda norteia meus passos tortos, de que adianta mentir a mim mesma quando sei a verdade? Ainda que a ilusão torne tudo tão claro, sua ausência traz a escuridão de desmaio: vem o breu, mas você ainda não chegou ao fim.
Se tuas mãos ainda dilatam minhas veias e esquentam meus sonhos maus, de que uso tem meu corpo em minha posse se sabes que ele é teu?
-gina
Giovanna! Que fase maravilhosa!
ResponderExcluirEstou adorando te ler toda semana. Embora com o coração sangrando, suas mãos dançam lindamente nas palavras.
Um beijo, e tudo na vida passa,
Manu