Olhou pela primeira vez e não estava lá. Os segundos amanheciam uns após os outros e assim dias se passaram. Seu olhar não entardecia. As janelas, compadecidas, sussurravam-lhe baixinho:
Menina dos olhos
Vá se deitar...
Logo amanhece, querida
Vá repousar!
Mas ela não cedia. Ainda que viesse a noite, o dia, os olhos que transpareciam tamanha tristeza permaneciam, insistentes. Anos se passaram. Quando ela se foi, as janelas de sua rua guardaram-lhe o olhar. Aquele, que espera ainda triste pelos olhos das janelas.
- Gina
- Gina
Gina, maravilhoso! Vc está escrevendo muito bem!
ResponderExcluirUm beijo,
Manu